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9 de fevereiro de 2012

Placas da Vida

 Hoje quero partilhar com você um pouco mais da minha vida. Quando morávamos no sítio, depois de anos e anos vivendo, correndo, conhecendo cada centímetro daquilo que chamávamos de “antiga estrada” que liga Araraquara a Guarapiranga e Ribeirão Bonito. Um dia recebemos a notícia que ela iria ser asfaltada. Por instantes sentimos alegria, pois os nossos problemas com a chuva , que deixava aquela estrada lisa que quase nenhum carro passava, seriam resolvidos.
O asfalto chegou, trazendo com ele toda a força da modernidade, aquela simples e humilde “antiga estrada”, se transformava em Rodovia. As placas foram espalhadas por todos os cantos e lugares. Na inocência e ingenuidade de criança ficávamos pensando o porquê das placas, pois nós conhecíamos a nossa antiga estrada de olhos fechados. Porém muitos motoristas não, elas tinham função de informar as várias curvas que nossa antiga estrada apresentava. O transito aumentou consideravelmente, e já são via mais bicicletas, carroças, porque a velocidade dos carros que percorriam a agora rodovia e a nossa “antiga estrada”, também se multiplicou e percebermos que a poeira que se levantava da “antiga estrada” não era tão prejudicial como o perigo que a rodovia trouxe.
Com o passar do tempo às placas foram envelhecendo, atacadas com tiros, derrubadas, entortadas por pessoas  e por motivos desconhecidos, como aquelas pessoas que já são desorientadas na vida e nunca aceitam que a gente mostre o caminho certo. Assim o percurso da nossa “antiga estrada”, hoje rodovia, notamos que muitas placas ao invés de orientar acabavam desorientando.
Pois bem, o que as placas, a “antiga estrada”, a rodovia tem haver com tudo isto? Acredito que na vida temos pessoas que são placas, estão sempre nos orientando, mostram as curvas perigosas, as decidas e subidas da vida. Quando estamos contramão, quando temos que parar. A velocidade que temos de andar na estrada da vida. Revela também quando estamos no caminho errado, mostra-nos que mais a frente existe um retorno, mesmo que tenhamos de andar alguns kilômetros no erro logo à frente encontramos o retorno, que na verdade é também uma conversão de caminho, de estrada, de vida.
No entanto aquelas pessoas/placas que tentam nos desorientar, boicotar, placas podres, mercenárias, mesquinhas e que seu fim serão o que foram sempre. Não preocupemos com elas. Antes diminuamos a velocidade da vida e dos passos para que estas pessoas/placas desleais não desoriente nossa vida e não nos tire do caminho da verdade. Assim podemos continuar nosso itinerário em antiga estrada, em rodovia, em caminhos de fé. Anunciando no horizonte da vida a beleza da verdade e da justiça e rezando pela conversão de muitas pessoas/placas.