
As cinzas postas em nossa fronte com o apelo um de conversão nos lembra do muito pouco que somos, de nossa inegável fragilidade humana, é dialética de um tempo no tempo do nascer, viver e morrer, inatos em nós humanos. Mas não podemos esquecer que a quaresma se celebra em função de outra particularidade, UM tempo, dentro do tempo que florirá, ou encaminhará nossos passos, vidas, corações e recomeço num outro tempo, a páscoa (passagem da morte para vida).
Portanto, as cinzas e o roxo têm fim marcado, com a proposta litúrgica da ressurreição na Páscoa eles se justificam no seu significado de atos e cores. Enquanto pó de cinzas e a limpeza interior que o roxo propõe no cérebro pra vida. Não nos esqueçamos que as cinzas do hoje foram os verdes, bonitos e esperançosos ramos de um ano atrás, e nos lembremos também que os ramos verdes daqui a 40 dias serão as cinzas de um futuro incerto. Por isto as cinzas da quaresma têm a função pedagógica que lembre nos recordar que é possível o recomeço, mas que seja um recomeço de vitórias e a prevaleça a vida, que será gerada na quaresma e florirá n páscoa. Quaresma é muito mais do que um tempo no tempo é uma maneira de viver e se deixar transforma pelo convite da liturgia.