Páginas

23 de fevereiro de 2011

HORA DE PARTIR


Na dinâmica da vida sempre aceitei partir. As partidas trouxeram novas chegadas, das lágrimas das partidas renasceram novos risos de chegadas. A partida é um movimento doído, mas gratificante, diria de despojamento. Quem parte se abre para o novo e se desfaz do comodismo. Quem fica não aprisiona somente para si, quem não pode ser de ninguém e muito menos de um só. A partida ensina novos caminhos e abre a mente dos que ficam e partem para novos horizontes, novas experiências. Assim aprendi que tão certo como partidas serão as chegadas. Com elas fiz questão de nunca dizer ADEUS, mas ATÉ LOGO. No entanto PARTIDAS E CHEGADAS na minha vida me ensinaram a dizer ADEUS para algumas situações que tentaram bloquear minhas partidas fazendo não chegar a lugar nenhum. Como é bom sentir-se livre para ir embora, voar, sonhar, chorar e rir. Como é bom olhar para trás e sentir apenas saudades e jamais remorso, vontade de se plantar ali e nunca mais querer sair. Como é bom olhar para trás e balançar os braços e as mãos e jamais senti-las presas a alguém. Como é bom quando chega à hora da partida e como é gratificante quando se aproxima à hora da chegada.   
Uma vez mais chegou à hora de dizer até logo para muitas pessoas que estiveram tão perto de mim durante estes anos. Agradecer pela vida de todos e todas que se uniram a mim e juntos caminhamos lutando e sonhando por um mundo mais justo, mais humano, mais divino.
A todos da Paróquia São José, em Araraquara, Muito Obrigado. Ao querido, amigo e irmão, padre Luiz Antenor meu carinho e obrigado. Vocês todos que colaboraram com minha formação, me ajudaram nos projetos, Deus lhes retribua com graças e bênçãos. É verdade que nossa amizade ajudou a nos conhecer como pessoas que buscam um mesmo ideal. Por isso nos sentimos tão próximos e juntos para nos reconhecermos como irmãos. Deus ilumine e guie o caminhar e de cada um de vocês.
Nas partidas nos tornarmos mais sensíveis ao valor do outro, que talvez ficou escondido em nossos preconceitos. No entanto são as partidas que nos ensinam que fizemos a troca sem troco. Levaram um pouco de nós e deixaram um pouco de si. Durante estes anos celebramos, recordamos, choramos e eternizamos quem se eternizou em nós e certamente redescobrimos pessoas que tem o dom de encurtar a distância do Céu e da Terra. O Cristo no outro nos lembra que somos todos caminheiros que não somos de ninguém, mas sim de Cristo e Cristo é de Deus. Não desanimem nunca... Coragem Gente!